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Neste blog você encontrara reportagens e posts sobre: Matéria prima da Engenharia Genética, Clonagem, Transgênicos, Terapia Genética, Aconselhamento Genético, Células Tronco e Projeto Genoma.

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Cientistas americanos clonaram camundongos usando pela primeira vez células-tronco adultas tiradas da pele de roedores. O estudo publicado nesta segunda-feira sugere que este tipo de célula versátil pode implementar a taxa de sucesso deste procedimento conhecidamente difícil.
Os cientistas já clonaram ratos antes, usando células-cúmulos (que circundam e sustentam um ovo em desenvolvimento) ou fibroblastos (células conectivas de tecido) e até mesmo células neurais geradas a partir de células-tronco embrionárias. Segundo os autores do estudo, embora bem sucedidos, estes esforços também foram notavelmente ineficientes, atingindo uma taxa de sucesso de 1 a 2%, em média.
Portanto, para este experimento, os cientistas da Universidade Rockefeller de Nova York e do Instituto Médico Howard Hughes, em Chevy Chase, Maryland, usaram células-tronco adultas de parte do folículo capilar chamado bulbo, que fica logo abaixo da pele. As células foram acessadas facilmente e por terem capacidade de se auto-renovar e diferenciar em outros tipos de células, os cientistas suspeitaram que pudessem ser candidatas mais promissoras à transferência nuclear, técnica usada para clonar animais.
Na transferência nuclear, o núcleo de um ovo não fertilizado é substituído pelo núcleo de outra célula. As células híbridas são cultivadas em laboratório e, então, implantadas no rato. A taxa de sucesso com células-tronco das fêmeas foi da ordem de 1,6%, similar à de experimentos anteriores, mas quando as células foram de machos, as tentativas de clonagem foram bem sucedidas em 5,4% dos casos.
"A eficiência da transferência nuclear é muito baixa", disse Jinsong Li, pesquisador de pós-doutorado da Universidade Rockefeller. "Usando células-tronco adultas purificadas como nossa fonte de núcleo, descobrimos que podemos alcançar eficácias mais altas de transferência nuclear", acrescentou.

Fonte : http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI1406974-EI297,00-Ratos+sao+clonados+a+partir+de+celulas+da+pele.html
Ratos são clonados a partir de células da pele

Pela primeira vez, cientistas tentaram corrigir problema genético nas células do fundo do olho que captam a luz
Pesquisadores de Oxford, na Grã-Bretanha, trataram um paciente britânico com uma terapia genética inédita para evitar que ele perdesse a visão.
A técnica é uma versão avançada de um tratamento desenvolvido há quatro anos em Londres. Pela primeira vez, cientistas tentaram compensar um problema genético nas células que captam a luz, posicionadas no fundo do olho, com injeções de células saudáveis.
O paciente é um advogado de Bristol, Jonathan Wyatt, de 63 anos, que sofre de uma condição genética conhecida como choroideremia. Wyatt foi o primeiro de 12 pacientes submetido à técnica experimental. A experiência com a nova técnica deve durar dois anos no Hospital John Radcliffe, de Oxford.
O médico de Wyatt, professor Robert MacLaren, acredita que só dentro de dois anos poderá terá certeza se a degeneração da visão do paciente parou de avançar. Se isto ocorrer, a visão do advogado terá sido salva.
'Se isto funcionar então vamos querer tratar pacientes muito mais cedo, na infância, quando eles ainda tem visão normal (...) para evitar que eles percam a visão', afirmou.
MacLaren afirma que, se esta terapia funcionar, poderá ser usada também para outras doenças da visão, incluindo a forma de cegueira mais comum entre idosos, a degeneração macular.
'Esta é uma doença genética e não tenho dúvidas de que, no futuro, vai haver um tratamento genético para ela', disse.
Visão prejudicada Jonathan Wyatt enxergava normalmente até os 19 anos, quando começou a ter problemas para enxergar em ambientes escuros. Médicos disseram que a visão dele iria piorar e que ele poderia ficar cego.
Há dez anos ele começou a ter dificuldades para ler declarações durante julgamentos, em salas com menos iluminação.
'A pior ocasião foi quando eu estava lendo uma declaração para a corte e cometi um erro. O juiz me perguntou 'O senhor não sabe ler, Sr. Wyatt?'. Então decidi abandonar a advocacia', disse.
Atualmente ele trabalha em casa e, sem o tratamento, aguardava ficar cego dentro de poucos anos. O advogado espera que o tratamento permita que ele continue em sua profissão.
A doença de Wyatt, choroideremia, é rara e é causada por uma versão defeituosa do gene chamado REP1. O problema faz com que as células do olho que detectam a luz, que ficam no fundo do olho, morram.
Os portadores da doença tem uma visão normal, mas, no final da infância, começam a deixar de ver durante a noite.
A partir daí a visão entra em fase de gradual degeneração. Os médicos afirmam que os pacientes podem perder totalmente a visão quando estão por volta dos 40 anos. Não havia tratamento para este problema.
A nova terapia genética testada em Oxford é simples: o processo de morte das células detectoras de luz é suspenso quando cópias sem defeito do gene REP1 são injetadas nestas células.
Tratamentos em dez anos A pesquisa de Oxford foi feita depois de um teste com terapia genética que começou há quatro anos no Hospital Moorfields, em Londres. O objetivo principal destes testes é demonstrar que a técnica usada em Londres é segura.
O tratamento, que adota um procedimento um pouco diferente, foi testado primeiro em adultos que já tinham perdido quase toda a visão e depois em crianças.
De acordo com o professor Robin Ali, que liderou esta pesquisa, os testes mostraram que a terapia genética é segura e que houve uma melhora significativa em alguns pacientes.
O presidente da Academia de Ciências Médicas da Grã-Bretanha, John Bell, afirmou que estes testes de terapias genéticas em Oxford e Londres sugerem que vários problemas de visão sem cura poderão ter um tratamento 'dentro dos próximos dez anos'.
Cientistas testam terapia genética inédita para salvar visão de britânico

Nesta segunda-feira, o pai do ator Reynaldo Gianecchini, 38, que faz tratamento contra um câncer linfático, morreu em consequência de um tumor no pâncreas.
O caso do pai, que tinha 72 anos, e do filho enfrentando a doença ao mesmo tempo pode indicar um componente hereditário da doença.
Mas só uma minoria dos tumores têm causas hereditárias. De acordo com o oncologista Bernardo Garicochea, coordenador da unidade de aconselhamento genético do Hospital Sírio-Libanês, só 30% dos tumores são determinados por um conjunto de genes herdados da família.
Do total, em torno de 5% estão ligados a mutações específicas. Os médicos já conhecem algumas dessas mutações em trechos de DNA definidos. As mutações nos genes chamados de BRCA1 e 2, por exemplo,
estão fortemente ligadas a tumores de mama, ovário, pele e pâncreas.
Quem tem esse tipo de mutação carrega o que os médicos chamam de síndrome. A de Lynch, por exemplo, causa tumores no intestino. Outras, como a de Li-Fraumeni, dão origem a vários tipos de tumor na mesma família.
"O médico pode analisar o padrão de tumores que ocorre na família e pedir um teste genético para identificar a síndrome", afirma o médico.
Testes desse tipo só estão disponíveis na rede privada. Para saber quais são os pacientes que precisam desse tipo de teste, os médicos observam alguns sinais: o número de pessoas na família que tiveram câncer; o número de familiares que tiveram o mesmo tipo de tumor; se há pessoas em que a doença apareceu cedo (câncer de mama antes dos 40 anos, por exemplo) e se uma pessoa teve dois tipos diferentes de tumor em seguida ou em dois lados do corpo de forma independente.
"Achando o defeito genético no doente, procuramos o mesmo defeito nas outras pessoas. É como uma lista telefônica, você já sabe em que página está o que você procura", afirma Goricochea.
Etnia
Pertencer a alguns grupos étnicos também pode aumentar o risco de desenvolver determinados tumores.
Segundo a geneticista Fernanda Teresa de Lima, responsável pelo serviço de oncogenética do hospital Albert Einstein, descendentes de judeus ashkenazi (da Europa Central ou Oriental), têm maior risco de carregar as mutações no BRCA1 e 2.
Garicochea lembra também que os negros têm risco maior de tumor de próstata e devem ser acompanhados mais de perto quando aparece algum caso na família.
Prevenção
Quando os médicos encontram um caso de risco, é possível tomar medidas preventivas, de acordo com a síndrome que a pessoa tem.
Uma das principais providências é aumentar a frequência de exames periódicos, como colonoscopias, mamografias e testes para tumor de próstata, dependendo da região do corpo que estiver em risco. O aumento da atividade física também é uma estratégia importante.
Alguns remédios podem ser usados para evitar tumores. O tamoxifeno, que interfere na atividade do hormônio feminino estrogênio, por exemplo, reduz o risco de câncer de mama. A aspirina, em doses baixas, pode prevenir o tumor de intestino.
Em casos de alto risco, o médico pode recomendar uma cirurgia preventiva, como a retirada parcial ou total das mamas, do intestino ou da tireoide, por exemplo.
Goricochea diz que, apesar de não haver motivo para pânico, a ocorrência de câncer em parentes deve ser investigada. "É importante traçar o histórico familiar. Algumas pessoas acham que não têm muitos casos na família mas, quando vão investigar, acabam descobrindo."
Fonte: FOLHA.COM
Apenas 30% dos cânceres vêm de genes herdados

Pesquisadores australianos descobriram a capacidade das células-tronco do leite humano de se transformar em células de várias partes do corpo

Amamentação leite materno
Leite materno: a descoberta de que possui células-tronco dará início a pesquisas para entender seu papel na saúde dos bebês (Thinkstock)
Desde 2008, já se sabe que o leite materno contém células-tronco. Agora, uma nova descoberta foi feita pelo Grupo de Pesquisa sobre Lactação Humana da Universidade de Western Australia (UWA): o leite materno contém células-tronco capazes de se transformar não apenas em células da mama, mas também em células de outras partes do corpo, como do fígado, ossos, cartilagens, pâncreas e cérebro.

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CÉLULAS-TRONCO
Também chamadas de células-mãe, podem se transformar em qualquer um dos tipos de células do corpo humano e dar origens a outros tecidos, como ossos, nervos, músculos e sangue. Dada essa versatilidade, vêm sendo testadas na regeneração de tecidos e órgãos de pessoas doentes.
A pesquisa pode, no futuro, ajudar pacientes de doenças como o Parkinson e a diabetes, por meio de tratamentos baseados em células-tronco. "Se conseguirmos entender as propriedades e o papel dessas células nas mamas e nas crianças que são alimentadas com leite materno, poderemos usá-las como modelos para na pesquisa do câncer de mama e em tratamentos inovadores com células-tronco", disse a doutora e professora da UWA Foteini Hassiotou.
Um dos benefícios de obter células-tronco por meio do leite materno, segundo Hassiotou, é que ele pode ser coletado por métodos não-invasivos, diferentemente da maioria dos métodos atuais. "O próximo passo da pesquisa será implantar células-tronco do leite materno humano em animais para examinar seu potencial", afirmou Hassiotou.
De acordo com os pesquisadores, são realizados mais de 1.000 transplantes de células-tronco na Austrália todo ano, e 60.000 em todo o mundo.



http://veja.abril.com.br/noticia/saude/celulas-tronco-do-leite-materno-poderao-ser-usadas-no-tratamento-do-parkinson-e-diabetes
Células-tronco do leite materno poderão ser usadas no tratamento do Parkinson e diabetes.

Técnica também serviria para enfrentar doenças cardiovasculares.
Reinaldo José Lopes Do G1, em Águas de Lindóia

Pesquisadores brasileiros estão usando com sucesso vírus especialmente projetados para consertar os defeitos genéticos que permitem o surgimento do câncer. Em testes feitos com animais, a estratégia, a chamada terapia gênica ou geneterapia, mostrou-se capaz de deter o avanço de dois dos principais tumores que afetam a população do país.

Os resultados animadores foram relatados durante a XXII Reunião Anual da Federação de Sociedades de Biologia Experimental, que acontece até este sábado (25) em Águas de Lindóia, no interior paulista. Bryan E. Strauss, do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas (InCor), e Eugenia Constanzi Strauss, da USP, fazem questão de frisar que ainda não há previsão de testes da técnica em pacientes humanos. Mesmo assim, a dupla se mostra empolgada.

“Os resultados têm sido realmente excelentes”, afirma Eugenia Strauss. A terapia gênica é uma promessa relativamente antiga para o tratamento de doenças de forma precisa e racional, mas ainda não há nenhum protocolo disponível comercialmente mundo afora. No entanto, há sinais de que a tecnologia está ficando madura, resolvendo problemas como o risco de alterações na porção de DNA “saudável” dos pacientes. No passado, essas alterações chegaram a causar a morte de algumas pessoas em testes clínicos.

O casal Strauss e seus colegas estão usando uma das abordagens clássicas da geneterapia, que consiste em usar certos tipos de vírus como “cavalos-de-tróia”. Os vírus recebem os trechos de DNA que os pesquisadores desejam inserir nas células cancerosas. Depois, ao se replicarem e invadirem o organismo, acabam fazendo de graça o serviço desejado. Há outras abordagens geneterapêuticas que não usam vírus, mas a dos cavalos-de-tróia tem justamente o apelo de espalhar o DNA desejado pelo tecido-alvo.

A técnica foi testada experimentalmente em tumores humanos que foram “semeados” debaixo da pele de camundongos de laboratório. Eugenia Strauss explica que a idéia é interferir justamente na regulação do ciclo celular, possivelmente a chave de todos os tipos de câncer. É que as células cancerosas são do tipo que não sabe quando parar: seu ciclo celular se desregula e elas se multiplicam a esmo.

Com a inserção de genes reguladores do ciclo celular, espera-se que elas caiam em si, “percebam” que há alguma coisa errada e iniciem o chamado processo de apoptose, ou morte celular programada. “Nós queremos criar uma solução desse tipo que possa funcionar em vários tipos de tumor e que não dependa de atacar as modificações genéticas mais específicas de cada câncer”, explica ela. Nos camundongos, tumores de pulmão (os mesmos que aparecem por causa do fumo em humanos) e de próstata foram atacados com sucesso.

Um dos planos para o futuro, além de possíveis testes clínicos, é também usar a estratégia contra problemas cardiovasculares. Quando um vaso sangüíneo é seriamente danificado, pode ocorrer a multiplicação descontrolada de células que fecham aquele ferimento. Mas entre as células o inferno também está cheio de boas intenções: esse curativo acaba tapando a passagem do sangue e causando uma série de problemas. “Acontece que essa proliferação é muito parecida com o que a gente vê em tumores, o que sugere que poderíamos usar alguns dos mesmos genes para evitá-la”, explica Strauss.
Equipe brasileira conseguiu deter tumores de pulmão e próstata em camundongos.