Médicos advertem sobre os riscos da clonagem humana reprodutiva.

Um grupo de cientistas liderados pelo americano John Haas advertiu, há uma semana, sobre os riscos da clonagem humana com fins reprodutivos e rejeitou a abertura de um debate sobre o tema.
Em entrevista à imprensa na capital mexicana, John Haas afirmou que a clonagem destinada à reprodução de seres humanos traria “graves efeitos secundários para a saúde”. Nas experiências com animais, incluindo os que se encontram em via de extinção, já se viram defeitos genéticos e morfológicos, como envelhecimento prematuro ou falta de extremidades, disse John Haas.
O cientista cita o famoso caso da clonagem da ovelha Dolly há 15 anos, que apresentou doenças graves, tais como pneumonia, artrites e cancro.
Este tipo de procriação consiste, explicaram os especialistas, em reproduzir um ser humano a partir do núcleo da célula de um adulto para que depois dê lugar a um embrião, em vez da união de um óvulo e um espermatozóide. John Haas considerou “grave e irresponsável” a possibilidade de alguns governos destinarem recursos e esforços para a clonagem humana reprodutiva, enquanto enfrentam urgentes problemas de saúde.
O cientista citou doenças infecto-contagiosas, que são a primeira causa de mortalidade em países em desenvolvimento.
“Os seres humanos devem ser reconhecidos como iguais em dignidade. Com este método e com a fertilização ‘in vitro’ desde o início das suas vidas estão sujeitos a decisões arbitrárias dos demais”, assegurou o médico americano.
Prova científica
Rodrigo Guerra, director do Centro de Pesquisa Social Avançada do México (Cisav), concordou que não existe prova científica possível para sustentar que um zigoto (óvulo recém-fecundado), não tenha direitos. “Sabemos por experiência empírica contundente que as estruturas precursoras do sistema nervoso central existem desde o momento da fecundação. Desde aí o genoma humano é completo e funcional, e o seu metabolismo é autónomo – processa energia por si mesmo – embora continue dependente nutricionalmente da mãe”, disse o cientista.
O cientista indicou que o embrião tem capacidades humanas, embora limitadas, e toda a normalidade existente internacionalmente para proteger seres humanos com capacidades diferentes deve ser aplicada nestes casos. Diante desses factos, a clonagem humana deveria ser revista com muito cuidado, afirmou Rodrigo Guerra.


Fonte: http://jornaldeangola.sapo.ao/18/56/medicos_advertem_sobre_os_riscos_da_clonagem_humana_reprodutiva

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